Uma Língua Morta?

Próxima gravação, chego esperando alguma leitura para mostrar meu conhecimento recém adquirido. Olho as partituras, e para minha surpresa, todas só tem as cifras, a divisão rítmica e algumas convenções escritas em clave de sol! Nada de linha em clave de fá!
Essa situação sem repetiu em quase todas as outras gravações que fiz naquele ano (1998), e comecei a achar que tinha estudado alguma coisa totalmente desnecessária, como Grego ou Latim.
Desde então, de 5 a 10 por cento do que gravo tem alguma linha escrita em clave de fá, o resto sempre é "cifra + divisão + convenção". Ou seja, tenho que estudar leitura regularmente em casa para não perder a fluência.
Você pode perguntar: "por que você ainda teima em estudar uma coisa que praticamente caiu no desuso?"
A resposta é simples: porque isso acaba se tornando um diferencial, e também porque acredito que os 5 ou 10 por cento dos trabalhos que recebo merecem o mesmo cuidado que tiveram quando foram escritos pelo arranjador. Por isso. Ponto Final.
Também, é muito gratificante ver a cara do arranjador / produtor quando toco exatamente aquilo que ele escreveu, de maneira tranquila e musical, quase tão gratificante quanto meu cachê, rsrsrsrsrs.
Abraço,
Claudio
Comentários
Grande abraço e parabéns pela leitura. Isso só mostra que você é preparado para vários tipos de situações.
Eu, por ex, só escrevo em clave de Dó na 2a linha :-)
Faz tempo que não deixo comentário aqui, é isso aí continua lendo e practicando!