O Caminho Inverso

Até que, alguns anos atrás, fiz um show do Corciolli no Marco Zero de Recife, e minha percepção a respeito de fazer shows começou a mudar. Além de estar com alguns músicos espetaculares, com quem eu costumava gravar, toda estrutura fornecida e a adrenalina na hora de tocar foram sensacionais. E o metrônomo estava lá, do começo ao fim do show.
Passado algum tempo, fui convidado pelo Beto Paciello para fazer parte da banda do High School Musical brasileiro, e aceitei. Foi a decisão mais acertada que tomei nesses últimos anos. O nível dos músicos era incrível, e minha experiência em estúdio me ajudou um bocado, já que todo show era sincronizado com o metrônomo, e tive que escrever (e ler) todas as linhas de baixo, para que ficasse idêntico ao original. E fiquei (modéstia à parte) muito satisfeito em constatar que podia ser um bom músico de shows, além do estúdio.
Digo que essa foi uma decisão acertada porque, com o mercado de gravação virando um tipo de leilão, onde quem cobra menos pega o trabalho (e quando digo menos, quero dizer cachês indecentes), posso ter um meio a mais de fazer dinheiro no mercado da música. Até porque, com alguns cachês de gravação tão baixos, acabo ganhando melhor em shows do que em alguns trabalhos de estúdio.
Pena que demorei para perceber, mas… antes tarde do que nunca…
Abraço,
Claudio
Comentários
o legal é isso, perder preconceitos, pois em TUDO na vida existe dois lados, e quase sempre ambos estão certos