Abrem-se As Cortinas!


Nesses anos trabalhando com música, considero que já tenha feita muita coisa variada: gravações, shows, bailes, televisão, workshops, e por aí vai. Mas há um tipo de trabalho que ainda não havia feito: teatro… ou melhor, musicais.

Sim, já havia feito sub uma vez, mas nunca tinha pego uma temporada, do começo até o fim. E posso dizer que foi uma experiência muito diferente. É sobre isso que escrevo hoje.

A peça se chamava "Uma Luz Cor de Luar", da Fundação Lya Maria Aguiar, e foi apresentada em Campos do Jordão. A direção musical ficou sob a batuta de Thiago Gimenez.

Como eu havia gravado o CD desse musical, posso dizer que as músicas ainda estavam na minha
cabeça, o que não tornou necessariamente a experiência mais fácil.
Vista do Fosso

A primeira coisa muito diferente era que tocávamos debaixo do palco, sem poder ver nada que estava acontecendo, pois também não havia nenhum monitor. O Thiago era o único com visão do que acontecia no palco, então todas as "deixas" ficavam em sua mão. Dessa maneira fizemos 12 apresentações, e só fui saber algumas coisas sobre a história da peça quando minhas filhas vieram assistir: "pai, aquela hora em que acontece tal coisa…", e eu "como é que é?!?!?"

Thiago Gimenez

Confesso que, como músico acostumado a gravações e shows, me atrapalhei um pouco no começo, pelo simples fato de muitas vezes dependermos da velocidade das falas para nos guiar: se o ator falasse mais rápido, uma convenção da banda seria feita antes e, se demorasse para falar o texto, talvez tivéssemos que tocar um ou dois compassos a mais antes de terminar a música. Diferente, mas a gente acostuma rápido. O metrônomo era usado em algumas das músicas, em outras ficávamos na regência do maestro.





Outra coisa interessante foi o fato de fazermos todas as apresentações no mesmo local, o Auditório Claudio Santoro. Dessa maneira, as intermináveis passagens de som foram praticamente abolidas, chegávamos ao teatro, verificávamos os fones e, às vezes, pedíamos alguma alteração. Prático ao extremo.

Apesar de ter usado alguns baixos na gravação, na peça eles foram reduzidos a 2: meu Ladessa 5 cordas e Ladessa Fretless. Também levei o baixolão, mas algumas músicas praticamente emendavam nas seguintes, tornando inviável alguma outra troca. O pedalboard estava incluído no equipamento. Havia um cabeçote e caixa GK, mas por estar usando fones acabei os desligando.



A equipe:
E-D: Eu, Deni Feijó, Jef de Lima, Marcio Forte, Maguinho Alcantara, Rodrigo Zago, Roger Dias
Abraço,

Claudio

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