Roadie Addiction

Sendo um músico que passou 11 anos trabalhando quase que exclusivamente em estúdio, sempre vi essa história de usar roadie com uma certa suspeita, coisa de preguiçoso.
Para piorar, a minha primeira experiência nessa área, há 2 anos atrás, foi decepcionante. Ensaiei com o roadie do lado, fizemos as trocas de baixo com sincronia, tudo perfeito. Mas, na hora do show, o cara simplesmente sumiu, me deixando a desesperadora missão de trocar os baixos enquanto ouvia a contagem da próxima música no fone.
Bom, isso mudou no momento em que decidi cair na estrada, e me disseram que eu iria ter um roadie. Fiquei meio traumatizado com a história anterior, e com medo de deixar meus baixos e equipamento com os caras. Mas esses outros roadies eram diferentes, cuidadosos, solícitos e antenados nos músicos, e o medo foi embora na hora.
Entendi que, como em toda profissão, há bons e maus profissionais, e que uma experiência ruim não definia de maneira nenhuma a imagem dos roadies.
Esses caras da foto, o Nata e o Kazuo, são um exemplo de ótimos profissionais, que têm me dado o privilégio de poder trabalhar com eles nesse último ano. É ótimo saber que posso deixar tudo com os caras porque não vai ter problema, eles cuidam das minhas coisas melhor que eu.
Agora, bons roadies causam um efeito colateral: dependência física e psíquica. Nos tornamos verdadeiros vagabundos, porque os caras nos acostumam muito mal. Deveria até haver um comunicado dessa maneira:
O Ministério da Saúde Adverte: Bons roadies causam dependência.
Abraço,

Comentários

Elton Ricardo disse…
Enquando sou um simples músico pobre, vou carregando todas minhas "tralhas" nas costas.

Já os ricos... rsrrs
Kazuo disse…
Po Claudiao.....

Uma honra ser tema desse post!!!

Brigadao mesmo.....

Mas uma coisa e certa... nosso trabalho fica mto mais facil qdo trabalhamos com porfissionais como vc!!!

Abracao!!!

Postagens mais visitadas