Uma Novela Mexicana em Dez Compassos

Ontem passei por uma experiência diferente.
Na gravação do "Ídolos", um dos candidatos pediu que a primeira parte da música fosse apenas com o baixo e voz. Ou melhor, baixolão sem trastes e voz.
Gravamos o arranjo no ensaio, ouvi a música em casa, anotei alguns pontos em que queria melhorar a articulação das notas, alguns glissandos, etc.
Ontem foi a gravação do programa, e passamos algumas vezes as músicas, e isso deveria me dar segurança na hora de gravar. Mas aqueles pensamentos começaram a surgir à medida em que a música ia se aproximando: "e se eu errar alguma nota?", "e se eu desafinar?", "e se eu derrubar o cantor e ele for eliminado por minha culpa?"
Até que chega o hora. O VT aparece na tela, e quando ele acabar é hora de tocar. Aparece o logotipo do "Ídolos" na tela. Olho para o Maguinho, que começa a dar a contagem...
No começo do ano, tive um papo muito legal com o Beto Paciello, em que ele me falou sobre a mente dominar as emoções, e isso é algo que tenho procurado aplicar na minha vida. Até escrevi um "post" anteriormente, sobre o fator psicológico. Como havia dito, não é fácil, mas tenho sentido um lento, porém constante, progresso.
E ontem, graças a Deus, pude manter o foco e fazer o trabalho como deveria ser. Sem distrações, notas erradas, desafinações, ou atrapalhar o cantor.
É, essas coisas funcionam. Mas poderia ter menos novela...
Abraço,
Claudio

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