Devagar...

Junho está em "slow motion".

Pelo menos para mim, as coisas estão andando bem devagar, poucas gravações, alguns shows, muito tempo em casa, tentando estudar e não desanimar. Para piorar, como bom internauta que sou, vejo nos sites sociais que alguns dos meus companheiros estão trabalhando como nunca...

Será que foi a famosa maldição "capa de revista"? Será que as pessoas acham que, por conta disso, meu cachê duplicou de valor, ou que estou trabalhando como nunca, e por isso não teria tempo para um mero CD independente? Ou será que cometi um pecado tão grave, que acabei me "queimando" com o mercado inteiro, e devo rapidamente achar outra coisa para fazer na vida?

Não, não é nada disso. Esse tipo de breque acompanha todos os músicos que conheço, em um momento ou outro. Infelizmente, esse é o meu momento. Alguns dos amigos que estão se matando de trabalhar nesse mês, estiveram parados enquanto eu trabalhava como louco. Fico contente por eles, mas gostaria de ficar contente COM eles.

O difícil é administrar o lado psicológico. A auto-estima vai lá para baixo, fico deprimido, apesar da conta corrente estar em perfeitas condições (os poucos trabalhos que fiz me pagaram bem, graças a Deus). A gente sabe que a correria vai voltar, mas não consegue relaxar com a "folga" forçada. É isso que dá gostar do que se faz...

Há tantos anos que essa cena se repete, mas não consigo me acostumar com ela.

Quem sabe mais para frente?

Abraço,

Claudio

Comentários

Lion disse…
Calma, rapaz, como vc mesmo disse, é só fase, daqui a pouco tudo volta ao normal!
Ramon Montagner disse…
Claudião
Nosso velho dilema:
Quando estamos super corridos falamos em dar uma pausa,
quando essa vem queremos estar correndo...
Acho que se fosse na média também ficaríamos pensativos...rsrs
Abração
Claudio Rocha disse…
Ramon, meu amigo, é isso mesmo...
Talvez seja um desejo inconsciente de ser músico com "carteira registrada": carga horária definida, férias remuneradas, e quando a gente volta, o trabalho está lá, nos esperando como se nada tivesse acontecido, rsrsrsrs.
Doce tempo dos nossos pais.
Abração!
Claudião

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