Um Tema Bobo
Ciúmes.
É, eu disse que era bobo… e o que isso tem a ver com música? Pouca coisa, na verdade. Mas tem muito a ver com mercado da música, mais do que você possa imaginar.
Volta-e-meia, fico sabendo de histórias: e-mails enviados por músicos indignados por não terem sido chamados para determinado trabalho. Ou conversas de pé de ouvido: "pô, você está andando muito com fulano, por isso não me chama", piadinhas do tipo "você não me ama mais, agora só quer o outro", e por aí vai. Apesar de detestar esse tipo de coisa, algumas vezes me vejo tragado para uma discussão que não pedi para fazer parte…
Ao longo dos anos, aprendi a separar quando esse tipo de coisa não passa de brincadeira, e quando existe algo mais por trás das palavras. Desnecessário dizer, os brincalhões andam sempre comigo, mas os enciumados deixo para outros administrarem.
Faz parte da maturidade de cada um aprender a lidar com esse tipo de situação, de não ser chamado para um trabalho, e seu concorrente sim. Você não precisa gostar (na verdade acho que ninguém gosta), mas precisa aprender a administrar seus sentimentos, seu medos e inseguranças, de maneira a não se afundar em auto-piedade, e nem colocar um fardo sobre os produtores, para que o chamem simplesmente porque você pensou que era da "turma". Acredite, eles não têm essa obrigação, mas tem uma responsabilidade com o resultado final do trabalho em primeiro lugar.
Por mais delicado que esse assunto seja, existem pessoas que adoram ver a situação sair do controle, mesmo que não estejam envolvidas no processo. São os famosos "isqueiros". "Você viu? O produtor chamou o outro, e não você. Se fosse comigo… eu não deixava". Bom, esses caras não merecem definições aqui, suas palavras já o fazem com exatidão. Procuro ficar muito longe desses, mas muito longe mesmo.
Você pode argumentar: "mas tem produtores que gostam de ser bajulados, de se sentirem donos da situação, querem ter 'o destino nas mãos', então é válido seguir por esse caminho". É verdade, existe, e já tentei trilhar por esse caminho da bajulação, há anos atrás, e cheguei à conclusão de que eles simplesmente não duram, porque estão baseados na mentira e falsidade. "Você diz que é verdade, eu faço que acredito, e viveremos felizes para sempre". Se você consegue se manter dessa maneira, vá em frente. Particularmente, não consegui, e preferi manter meus relacionamentos profissionais na base da verdade, confiança, respeito mútuo e amizade. Tem funcionado muito bem há uns bons anos, diga-se de passagem.
Se você se garante tocando, não deveria usar desse tipo de subterfúgio… mas não é a respeito de iniciantes que estou escrevendo aqui, se é que você me entende…
Abraço,
Claudio
É, eu disse que era bobo… e o que isso tem a ver com música? Pouca coisa, na verdade. Mas tem muito a ver com mercado da música, mais do que você possa imaginar.
Volta-e-meia, fico sabendo de histórias: e-mails enviados por músicos indignados por não terem sido chamados para determinado trabalho. Ou conversas de pé de ouvido: "pô, você está andando muito com fulano, por isso não me chama", piadinhas do tipo "você não me ama mais, agora só quer o outro", e por aí vai. Apesar de detestar esse tipo de coisa, algumas vezes me vejo tragado para uma discussão que não pedi para fazer parte…
Ao longo dos anos, aprendi a separar quando esse tipo de coisa não passa de brincadeira, e quando existe algo mais por trás das palavras. Desnecessário dizer, os brincalhões andam sempre comigo, mas os enciumados deixo para outros administrarem.
Faz parte da maturidade de cada um aprender a lidar com esse tipo de situação, de não ser chamado para um trabalho, e seu concorrente sim. Você não precisa gostar (na verdade acho que ninguém gosta), mas precisa aprender a administrar seus sentimentos, seu medos e inseguranças, de maneira a não se afundar em auto-piedade, e nem colocar um fardo sobre os produtores, para que o chamem simplesmente porque você pensou que era da "turma". Acredite, eles não têm essa obrigação, mas tem uma responsabilidade com o resultado final do trabalho em primeiro lugar.
Por mais delicado que esse assunto seja, existem pessoas que adoram ver a situação sair do controle, mesmo que não estejam envolvidas no processo. São os famosos "isqueiros". "Você viu? O produtor chamou o outro, e não você. Se fosse comigo… eu não deixava". Bom, esses caras não merecem definições aqui, suas palavras já o fazem com exatidão. Procuro ficar muito longe desses, mas muito longe mesmo.
Você pode argumentar: "mas tem produtores que gostam de ser bajulados, de se sentirem donos da situação, querem ter 'o destino nas mãos', então é válido seguir por esse caminho". É verdade, existe, e já tentei trilhar por esse caminho da bajulação, há anos atrás, e cheguei à conclusão de que eles simplesmente não duram, porque estão baseados na mentira e falsidade. "Você diz que é verdade, eu faço que acredito, e viveremos felizes para sempre". Se você consegue se manter dessa maneira, vá em frente. Particularmente, não consegui, e preferi manter meus relacionamentos profissionais na base da verdade, confiança, respeito mútuo e amizade. Tem funcionado muito bem há uns bons anos, diga-se de passagem.
Se você se garante tocando, não deveria usar desse tipo de subterfúgio… mas não é a respeito de iniciantes que estou escrevendo aqui, se é que você me entende…
Abraço,
Claudio
Comentários
Um grande abraço!
Claudião