Climas, Cifrões e o Futuro

Lembro de uma rápida conversa que tive com um produtor, no começo da minha carreira.
Havia acontecido alguma discussão na sala, durante a gravação, e o clima tinha ficado meio pesado. Virei para ele e comentei:
"Cara, muito chato esses climas ruins no estúdio."
E ele me responde:
"F***-se o clima! O que me importa é a grana!"
Penso até hoje no que ele me disse, porque quanto mais vivo nesse meio, vejo a importância de um bom clima no trabalho ou, como muitos amigos dizem, de um bom "vibe".
Tentei adotar essa visão no começo, de fazer tudo pela grana, mas desisti depois de chegar várias vezes em casa pensando: "esse dinheiro não valeu a pena" ou "essa gig não dá para fazer nem pelo triplo do preço".
Um bom clima é essencial porque alimenta um ambiente criativo e descontraído, e isso se reflete no resultado final do trabalho, tornando-o mais leve e produtivo. Muitas vezes, considero-o mais importante que o dinheiro em si, porque bons trabalhos geralmente geram mais trabalhos, e pessoas fáceis de trabalhar têm mais chance de serem chamadas no futuro.
Então, qual a regra? Dispensar os trabalhos "complicados"? Isso é fácil quando sua conta bancária está gordinha, mas na época de vacas magras é bom ponderar sobre aceitar um trabalho ruim. Se está precisando, aceite, mas pelo menos você estará consciente do que vem pela frente, e pode se preparar para a "bucha" (ou sofrer antecipadamente).
Abraço,
Claudio

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