Monitorando

(Foto: Flavio Régis)Por tocar um instrumento que trabalha junto com a bateria, acabei adquirindo o hábito de gravar dentro da sala onde a bateria grava. Sei lá, o vazamento da bateria no fone de ouvido me ajuda a tocar junto e a ter mais pressão.
Mas, devo confessar que ultimamente tenho feito um movimento inverso, voltando a gravar na técnica, sempre que possível.
O motivo? Uma monitoração ruim.
É incrível, mas muitos estúdios investem em prés, periféricos, mesas de som de milhares de dólares e equipamentos dos mais modernos, mas simplesmente negligenciam a monitoração. Acabei cansando de fones inapropriados, vias com chiado, e técnicos mal preparados. Você pede para abaixar um pouco algum instrumento, e o cara simplesmente some com ele. Pede para aumentar alguma coisa, e quase fica surdo com o volume. Assim, fica mais fácil pedir para gravar na técnica.
Na 6ª passada fui gravar no estúdio NaCena, e foi uma das gravações mais relaxadas (no bom sentido) que tive esse ano. Um sistema de monitoração da Aviom foi a diferença principal, onde recebi todos os canais separados, e eu mesmo mixei o que queria ouvir. Sem ficar surdo por um instrumento muito alto ou ouvindo o metrônomo muito baixo, nem passando pelo constrangimento em pedir que o técnico tire do fone algum instrumento que porventura esteja me atrapalhando.
Sensacional, e é uma pena que poucos estúdios tenham essa visão.
Abraço,
Claudio

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