É Bom Falar a Verdade
Dia desses, em um estúdio, gravamos base para uma música.
Quando estava gravando, senti que baixo e bateria não estavam 100% juntos, mas estava todo mundo cansado, então queria ouvir na técnica para ver se a coisa comprometia.
Enquanto estava ouvindo, o técnico dispara:
"Quando você grava, toca em cima da bateria ou do metrônomo?"
Pronto, era tudo que eu precisava. Ele tinha percebido que o baixo não estava junto com a bateria, e ia levantar a questão no meio da sala.
Bom, resolvi dizer a verdade: "procuro tocar com o metrônomo", tentando frisar o "procuro", quase como um pedido de desculpas.
"Legal, porque você está cravado com o metrônomo, e a bateria não..."
Não era a resposta que eu esperava ouvir, nem de longe, mas foi uma massagem no ego...
Como é bom falar a verdade...
Abraço,
Claudio
Quando estava gravando, senti que baixo e bateria não estavam 100% juntos, mas estava todo mundo cansado, então queria ouvir na técnica para ver se a coisa comprometia.
Enquanto estava ouvindo, o técnico dispara:
"Quando você grava, toca em cima da bateria ou do metrônomo?"
Pronto, era tudo que eu precisava. Ele tinha percebido que o baixo não estava junto com a bateria, e ia levantar a questão no meio da sala.
Bom, resolvi dizer a verdade: "procuro tocar com o metrônomo", tentando frisar o "procuro", quase como um pedido de desculpas.
"Legal, porque você está cravado com o metrônomo, e a bateria não..."
Não era a resposta que eu esperava ouvir, nem de longe, mas foi uma massagem no ego...
Como é bom falar a verdade...
Abraço,
Claudio
Comentários
Nessa gravação gravamos juntos, e ouvi tanto bateria como metrônomo no mesmo plano.
Como o baterista em questão é espetacular no que diz respeito a "beat", acredito que ou foi o cansaço, ou a monitoração dele não foi adequada.
Quando o baterista é ruim de "beat", apesar de não gostar de ser dedo-duro, pergunto se a bateria vai ficar daquele jeito, porque não está junto com o metrônomo. Se a resposta for positiva, peço para tirar o metrônomo e vou em cima dele.
Se o cara é bom, o metrônomo serve como um tipo de reforço. Além do que não dá para tirar o metrônomo por conta de pausas e trechos sem bateria.
Outra coisa: o nada de "errado" é facilmente delatado se estivermos tocando com looping ou algum instrumento sequenciado.
Abraço!
Obrigado pelo esclarecimento.
Abraço!
Ouço gravina que vc e o Albino fazem com o Elton e cara... naum fica nada fora.. pelo menos nada perceptível... mas, quando gravo.. msm com caras bons.. parece que tá fora.. principalmente quando tô mixando.
abçus
Acho que algumas coisas a gente deve ter em mente:
1.Todo músico, por melhor que seja, não toca 100% do tempo em cima do metrônomo.
2. Quantizar a bateria deveria ser aplicada em casos em que o baterista é ruim de beat, sempre à frente ou atrás, corre, atrasa, etc.
3. Acho que o bom senso é essencial. Já vi pessoas que querem que o baterista esteja 100% em cima do beat, e o quantizam dessa maneira. Mas, quando sequenciam a bateria, na hora de quantizar, não colocam 100%, para dar um clima mais "humano" na execução!
4. A questão dos caras "bons" é muito ampla. Um cara bom de palco pode não ser bom em estúdio, e vice versa. O cara pode ser bom de metrônomo, mas a monitoração no fone pode estar atrapalhando, ou os outros músicos podem não ser bons de beat, o que iria prejudicá-lo.
5. Na dúvida, sempre sigo o beat, a não ser que o arranjador me disser que a bateria está fora, mas que vai ficar daquele jeito. De outra maneira, baixo e bateria irão ficar desencontrados...
Não acho errado quantizar o baterista, mas tudo deve ser feito com ponderação. Pelo menos, essa é a minha opinião, amigo.
Abração procê!
Claudião