Diário de eSession

Semana passada, fiz uma gravação via internet, ou eSession, aqui em casa. Como algumas pessoas me perguntavam qual o nome do estúdio onde o baixo havia sido gravado, decidi chamar minha salinha de Little House 1. Nos comentários colocarei essa lenda das gigs.


O trabalho foi para um grande amigo e produtor, André Bereta, de Maringá. No cardápio, 11 faixas de pop rock, e gostaria de compartilhar com vocês um processo diferente que é o eSession, pois sempre falo de gravações em estúdios, mas o processo pela internet acaba ficando de lado, então aqui vai.

O Bereta me mandou vários arquivos para cada música a ser gravada: playback, baixo guia, voz guia e metrônomo, cada um separado, em mp3. Também mandou um metrônomo em MIDI, a partitura, e indicações de como gostaria da abordagem, com uma execução de baixo bem solta, com frases, etc.

Montadas as sessões no computador, e imprimidas as partituras, ouvi a música com o baixo guia, fazendo todas as anotações necessárias, como levadas de baixo e bumbo, idéias interessantes, e também já começava a pensar no timbre, tipo de instrumento, se iria usar ou não algum efeito, simulação, etc.

A partitura é bem diferente, escrita sem o uso do pentagrama, mas com várias informações como convenções, por exemplo, devidamente descriminadas. Apesar de ser diferente, foi muito fácil a leitura e interpretação. O Bereta teve o cuidado em não colocar ritornellos, voltas, pulos de Coda e coisas do tipo, o que torna a leitura muito mais fluente, uma facilidade adicional.

Como o prazo não era apertado, tive tempo de sobra para investir na pesquisa de timbres, tipos de instrumento, foi uma festa. Em algumas faixas usei simulação de amp, dividindo o sinal entre Bass Pod e rack, sendo que esse último usei para os graves ficarem mais definidos.

Bom, chega de falar. Separei uma música para exemplificar o processo.

Com agradecimentos ao André Bereta por disponibilizar as partituras e áudio, além de me proporcionar dias bem legais tocando seus arranjos.

Abraço,

Claudio




Comentários

Claudio Rocha disse…
O nome Little House 1 vem de uma lenda das gigs.

Um maestro americano veio ao Brasil reger uma banda daqui. Passou as partituras para o músicos e, antes de começarem a tocar, um faz uma pergunta gastando todo seu inglês:

"Sir, problem, here in the Little House 1"

Explicação: na escrita musical, temos um símbolo que chamamos de "casinha 1" ou "casa 1"… refere-se a uma marcação da quantidade de compassos que será ignorada depois que houver uma repetição da música. O detalhe é que os americanos referem-se à "casinha 1" como "1st ending"…

Abraço,

Claudio

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